sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Década de 20


A década de 20 havia começado muito bem para o Brasil, e em 1921 o clube ganharia mais um citadino, mas em 1922, durante uma partida valida pelo campeonato municipal contra o Ideal, os dois clubes se envolveram em um grave acontecimento. Aos 15 minutos de partida, quando o Brasil já vencia por 1x0. O Defensor Calero do time adversário chutou o rubro–negro Pedro Rossel sem bola. Houve confusão entre os atletas e o atacante Pelágio Proença, herói do título estadual de 1919, levou um tiro de um diretor do Ideal. A partida acabou ali, e o Brasil abandonou o campeonato da Liga indignado. Nesse ano o Ideal foi campeão.

Como a divergência estava difícil de ser contornada, pois o Brasil havia desligado-se definitivamente da Liga Pelotense de Futebol, ao mesmo tempo que rompia os laços de amizade que mantinha com o Grêmio Esportivo Ideal pelos fatos ocorridos em 6 de Agosto de 1922, o presidente da Liga Sr. Lino Saraiva de Oliveira solicitou ao presidente da Federação Riograndense de Desportos a nomeação de um delegado que viesse a Pelotas tentar contornar a situação.

Em reunião realizada em Pelotas com o representante da FRGD, da Liga Pelotense e de dirigentes dos clubes, o Brasil acabou cedendo aos apelos e retornando a Liga.

Mas em 1923 e 1924 não houve campeonatos oficiais, os clubes disputaram apenas alguns amistosos. O clima era de tensão no RS, em1923 por causa da revolução liderada pelas elites rurais que se rebelaram contra o governo de Borges de Medeiros e em1924 durante a revolta tenentista contra o governo federal deflagrada em São Paulo e que também chegaria ao RS.

Em 1925 os ânimos se acalmaram e o citadino volta a ser disputado. O Brasil volta a vencer o campeonato da cidade em 1926/1927.

Em 1927, O campo do Brasil é vendido ao C.A. Bancário, pelo Dr. Augusto Simões Lopes, ficando o clube sem estádio novamente. Em virtude deste fato o Brasil logo consegue uma nova área, também cedida pelo Dr. Augusto, próxima ao antigo campo, também no Bairro Simões Lopes.

A nova casa do Brasil seria conhecida como campo da Rua Nossa Senhora Aparecida, onde o clube mandaria a maioria de suas partidas.

A década terminaria com mais um campeonato citadino para o rubro-negro em 1929.

Campeão citadino, 1921: Farias - Alberto - Proença - Rossel - Ignácio – Floriano- Nunes - Dias - Tica - Pedrinho e Waldomiro. Observe no canto superior esquerdo como era bem diferente do atual o distintivo do Brasil.

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